quinta-feira, 23 de março de 2023

A VEZ DA NOVA FRONTEIRA ESTÁ CHEGANDO

 


Um ex-funcionário da ANP afirmou que o Brasil precisa licenciar novas fronteiras exploratórias porque o pré-sal está se esgotando.


Décio Oddone lançou o desafio aos líderes do setor para destacar os desafios de obter licenciamento ambiental para regiões promissoras para o pré-sal e outras áreas inexploradas

Não resta muito pré-sal. Em conferência em Brasília na quarta-feira, Décio Oddone, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e atual presidente da Enauta, alertou que a exploração do pré-sal dá sinais de cansaço. Embora a Margem Equatorial e as bacias da Foz do Amazonas e de Pelotas sejam muito promissoras como novas fronteiras de exploração de petróleo no Brasil, a provocação foi feita aos líderes da indústria para chamar a atenção para os desafios na obtenção de licença ambiental para essas áreas.

Ele foi enfático em dizer que o Brasil esgotamos a última fronteira de iniciativas que podem ser iniciadas e concluídas nos próximos anos. O que acontecerá com a exploração de petróleo no Brasil após o pré-sal? Oddone, dizendo em um evento chamado “Futuro e perspectivas do setor de Petróleo e Gás no Brasil”, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, disse: “Não sabemos, [pelo menos] não está claro” (IBP) . Segundo ele, faz dez anos que o setor não consegue uma licença ambiental para explorar territórios desconhecidos.

Embora Oddone previsse o sucesso da ANP, ele previu para o setor que “a era dos leilões bilionários” estava chegando ao fim. O anúncio ocorreu no início da sexta rodada de leilões promovida pela agência, que ainda retinha reservas substanciais do polígono do pré-sal. Muitos dos poços mais recentes perfurados falharam. A exploração na área “foi uma surpresa negativa, mas é uma realidade”, afirmou.

Se o Brasil não vai abrir novas áreas para exploração de petróleo, defende o ex-diretor da ANP, deve partir de uma “decisão consciente”, após “debate sério”, e não apenas adiar a emissão de licenças ambientais. Segundo ele, a dificuldade dessa conversa é como o país vai continuar financiando as políticas sociais e gerando dinheiro sem os ganhos econômicos do setor, dada a arrecadação da União, dos Estados e dos municípios com royalties e impostos


quarta-feira, 22 de março de 2023

PLATAFORMA DE PETRÓLEO VAI ABRIR 2.500 VAGAS DE EMPREGO

 



Eliane Proscholdt e Francine Spinassé, do jornal A Tribuna | 04/03/2023, 17:47 17:47 h | Atualizado em 04/03/2023, 18:06


Plataforma de petróleo no ES vai abrir 2.500 vagas de emprego

Com operação prevista para 2024, o novo navio-plataforma Maria Quitéria vai abrir empregos com salários de R$ 3 mil a R$ 30 mil

Depois de sucessivas quedas na produção de petróleo e gás, o setor volta a reagir e apresenta oportunidades de investimentos e empregos no Estado, com cerca de 2.500 vagas.

Com operação prevista para 2024, o novo navio-plataforma Maria Quitéria vai criar aproximadamente 500 empregos diretos e 2 mil indiretos, com salários que variam de R$ 3 mil a R$ 30 mil.

O Ceo da DVF Consultoria, Durval Vieira de Freitas, cita alguns cargos diretos, entre os quais na área da engenharia, com oportunidades para engenheiros de produção, de manutenção, químico, de meio ambiente, segurança do trabalho, mecânico, elétrico, de segurança do trabalho e outros.

Além disso, Durval Vieira dá outros exemplos de profissionais que serão contratados, como geólogo, técnico mecânico, supervisores.

Já no universo dos empregos indiretos, haverá chances para piloto de helicóptero, piloto de lancha, montador, ajustador, médico, técnico de segurança, enfermeiro, cozinheiro, garçom, arrumadeira, motorista, técnico em instalação elétrica, mecânico de manutenção, cozinheiro, auxiliar de cozinha, entre outros.

Durval Vieira salienta que além dos salários atrativos, o profissional ainda contará com outros benefícios, como alimentação, transporte, assistência médica, seguro.

Referência
Cris Samorini, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), destaca que o Estado é uma referência no setor de petróleo e gás.

“O anúncio da Petrobras em projetos para o Estado contribui para que ele mantenha o protagonismo no segmento, crie oportunidades de empregos, gere receitas e estimule a cadeia de fornecedores locais, fator que irá contribuir para o desenvolvimento do Espírito Santo”.

Segundo ela, vale lembrar que há uma série de projetos nesse setor ligados à exploração onshore e offshore, ao descomissionamento de plataformas e ao desenvolvimento da infraestrutura do gás.

“E, não só a Petrobras, mas outras companhias, inclusive de pequeno e médio porte, têm enxergado o potencial do Estado e planejado investimentos”.







VISITA TÉCNICA DA SEMAS DO ESTADO DO PARÁ NA PLATAFORMA DE PERFURAÇÃO ODN II

 Semas realiza visita técnica na primeira plataforma da Petrobrás planejada para explorar petróleo na Margem EquatorialAmapá, Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte são os estados por onde perpassa a Margem Equatorial brasileiraPor Aline Saavedra (SEMAS)03/03/2023 08h

A bacia marítima da Foz do Amazonas, localizada em águas profundas entre os estados do Amapá e do Pará, é o cenário da primeira frente de exploração da Petrobrás na chamada Margem Equatorial brasileira, que se estende da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte. Com início previsto ainda em 2023, o projeto exploratório no bloco FZA-M-59, na bacia da foz do Amazonas, será a primeira atividade de perfuração marítima na Margem Equatorial, com objetivo de identificar e avaliar a existência de reservas de petróleo na área.

Apesar das autorizações para a empresa dar início às atividades de perfuração constituírem competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) acompanha o processo e foi responsável pelo licenciamento do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CDR), estrutura de apoio exigida pelo Ibama para a realização de simulado das atividades de perfuração marítima. 



Para acompanhar e conhecer mais sobre o projeto de perfuração marítima no bloco FZA-M-59 e sobre a dinâmica de abertura da fronteira petrolífera na Margem Equatorial brasileira, uma equipe da Secretaria realizou uma visita técnica nas áreas externas e internas do Navio Sonda de Perfuração Marítima NS-42, situado em águas profundas do litoral norte do Brasil, na última terça-feira, 28 de fevereiro.




O Navio Sonda está localizado entre o Amapá e a Guiana Francesa, a cerca de 175 quilômetros da costa amapaense, aguardando o início das operações e com estimativa de perfuração a uma profundidade de 2.880 metros de lâmina d’água. De acordo com estudos apresentados ao Ibama, o Pará foi escolhido como centro de apoio às operações de sondagem marítima, com a capital Belém desempenhando importante papel de apoiamento logístico e de infraestrutura às operações da sonda NS-42, como embarcações de apoio, abastecimento de produtos alimentícios, peças, entre outros. 

O secretário adjunto de gestão e regularidade ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, ressalta a importância de se conhecer o projeto em sua totalidade a fim de ampliar o entendimento do órgão ambiental estadual sobre as complexidades que envolvem um projeto dessa magnitude e suas repercussões no estado do Pará. 

“A visita técnica ao navio sonda NS-42 objetivou ampliar o entendimento sobre as operações da Petrobrás na Margem Equatorial, incluindo esclarecimentos sobre a logística da operação no nível de complexidade que ocorre no campo, como infraestruturas de apoio de embarcações, bases de apoio em terra e infraestrutura aérea. Possibilitou ainda ter conhecimento sobre tecnologias empregadas pelo setor de petróleo e gás, equipamentos de segurança operacional e de prevenção à poluição, sistema de posicionamento dinâmico do navio sonda, entre outros. E o mais importante, propiciou aos técnicos da Semas um olhar mais amplo e integrado a respeito das complexidades envolvidas e repercussões inerentes ao projeto, pois mesmo estando cientes de que compete ao Ibama o licenciamento de atividades desenvolvidas na plataforma continental, sabemos que não é só a Petrobrás. Um projeto desta magnitude traz implicações e repercussões no processo de desenvolvimento sustentável do Estado e precisamos estar atentos a isso”, ressaltou o secretário.

O diretor de Licenciamento Ambiental da Semas, Marcelo Moreno Alves, detalha a estrutura do processo. “A exploração de petróleo é um processo complexo que demanda grandes investimentos em infraestrutura, equipamentos e recursos humanos especializados, e, por ser uma atividade de grande complexidade, requer uma avaliação técnica criteriosa e muito cuidadosa em relação ao meio ambiente. Apesar do licenciamento principal da atividade de exploração de petróleo ser de responsabilidade do Ibama, o licenciamento de todas as atividades secundárias, que dão suporte a este tipo de empreendimento, ficará a cargo da Semas, o que confirma a importância de compreendermos a operação do empreendimento e as possíveis dinâmicas a ela associadas”, afirma.

Para a emissão da LO do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), localizado em Belém, distrito de Icoaraci, os técnicos da Semas avaliaram os possíveis impactos da atividade sobre o meio biótico no contexto de atendimento ao Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna, o PMAVE.

“Foi necessário avaliar as ações de atendimento e manejo emergencial previstas no projeto de monitoramento dos impactos à avifauna, que podem ser atraídas pela unidade marítima durante a atividade de perfuração. Portanto, a existência do Centro é uma segurança em caso de evento adverso, existindo um local preparado para receber a avifauna, bem como a fauna aquática em caso de ocorrência de oleamento”, explicou a coordenadora de Infraestrutura, Fauna, Aquicultura e Pesca, Ana Beatriz Ramos

No local, a equipe paraense foi recebida pelo Comandante Ricardo Amoêdo, gerente de Unidade Offshore, e sua equipe que opera o funcionamento da sonda. O gerente geral na Petrobrás, Umberto Borges, participou da visita técnica informando como ocorre o procedimento de perfuração e as tecnologias empregadas.

“Hoje, para se chegar até a sonda é necessário ir para Macapá, depois se dirigir até o Oiapoque onde um helicóptero decolará e pousará na sonda. Então, Belém é um ponto central para atender as necessidades de infraestrutura por já ter um porto estruturado, inclusive já utilizado no passado”, afirmou.


terça-feira, 21 de março de 2023

PETRÓLEO NA BACIA PARÁ-MARANHÃO

 

        BACIA PARÁ-MARANHÃO A NOVA FRONTEIRA DO PRÉ-SAL
O Estado já concedeu licença para a Petrobras começar a operação de exploração na região do “novo pré-sal”, que deve receber quase metade dos investimentos da companhia até o ano de 2027

Foi vencida mais uma importante etapa para a viabilização da exploração de petróleo na margem equatorial, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP), no extremo norte do país, e inclui as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará concedeu a licença de operação do Centro de Reabilitação e Despetrolização da Fauna (CRD) da empresa Mineral no dia 10 de fevereiro. O CRD é parte integrante da estrutura de resposta a emergências da Petrobras. A margem equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras, além de ser uma importante fronteira exploratória em águas profundas e ultra profundas.

A região é a grande aposta da Petrobras para o mercado brasileiro, e deve receber cerca 49% dos investimentos em exploração da companhia até 2027. Apesar de ficar conhecida como o “novo pré-sal”, sua exploração não acontece sob uma camada de sal. O apelido foi dado em razão do alto potencial de produção de petróleo e gás natural, comparável ao pré-sal nacional.

A bacia Pará-Maranhão faz parte da área chamada de margem equatorial. Nela, já existem cinco bacias sedimentares e a exploração de petróleo é limitada a até 3 mil metros de profundidade. A longo prazo, a exploração pode render aos estados que serão beneficiados com os “royalties” do petróleo – Pará, Amapá e Maranhão . Além dos ganhos financeiros diretos, a região Norte, como um todo, também poderá ser beneficiada pela visibilidade e aceleração no desenvolvimento local.

Os investimentos previstos pela estatal nesse projeto são da ordem de US$ 2,9 bilhões, segundo informou a assessoria da Petrobras ao DIÁRIO. As descobertas recentes feitas por outras empresas em regiões vizinhas a essa região (offshore das Guianas e do Suriname) corroboram esse potencial. A previsão é que, nos próximos cinco anos, serão perfurados 16 poços na margem equatorial, conforme o Plano Estratégico 2023-2027 definido pela empresa petrolífera.

Ainda segundo a companhia, o trabalho deve ser iniciado logo após definição de pontos estratégicos em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ainda de acordo com a Petrobras, a data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) será definida em breve.

A Avaliação Pré-Operacional (APO) é um requisito do processo de licenciamento ambiental que consiste em simular um evento acidental envolvendo vazamento de óleo no mar com o objetivo de avaliar a eficácia do Plano de Emergência Individual (PEI) da Petrobras para a atividade de perfuração.

domingo, 18 de dezembro de 2022

MARGEM EQUATORIAL, FUTURO PROMISSOR

 



Entre os anos de 2023 e 2027, a Petrobras fará um investimento total de US$ 2,94 bilhões na região, segundo previsões. A ANP busca novos projetos de exploração de petróleo na Margem Equatorial, mesmo com divergências em relação aos impactos ambientais.

Para essa sexta-feira, (16/12), a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP), está com um novo acordo com a companhia Petrobras para expandir o investimento futuro na região da Margem Equatorial. O acordo prevê cerca de US$ 2,94 bilhões aplicados na exploração de petróleo ao longo dos próximos quatro anos. No entanto, a produção de combustíveis nessa área vem sendo fortemente criticada pelos representantes ambientalistas.



ANP quer atrair novos projetos e investimentos para a Margem Equatorial e a Petrobras aproveita o momento para expandir produção de petróleo

A ANP está buscando agora aproveitar novas áreas de exploração de petróleo no Brasil, entre elas, a Margem Equatorial, que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte.

Dessa forma, a agência firmou um acordo com a estatal Petrobras para a empresa expandir o investimento futuro em novos projetos de exploração na região, com foco na produção de óleo.

Essa é uma decisão que vem sendo fortemente criticada entre os representantes ambientalistas no Brasil, visto que a Margem Equatorial possui uma grande concentração de fauna e flora marinha, que pode ser extinta com a produção petrolífera nos próximos anos.

No entanto, a ANP continua com o projeto e espera que a Petrobras realize a perfuração de poços nas bacias de Barreirinhas, no litoral de Maranhão, e Potiguar, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.

A empresa já aguarda o aval do Ibama para o primeiro investimento na região, a perfuração do poço Amapá Águas Profundas a 160 km da costa e a 40 km da fronteira com a Guiana Francesa.

Além disso, a estatal está prevendo um investimento de US$ 2,94 bilhões entre os anos de 2023 e 2027. Desse valor total, metade será destinado somente à fase de exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Ao todo, a empresa prevê perfurar 16 poços nos próximos cinco anos. Embora a continuidade da exploração de petróleo não seja a prioridade da Petrobras atualmente, a empresa pretende aproveitar o acordo com a ANP para expandir sua presença na região.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

MARGEM EQUATORIAL O NOVO PRÉ-SAL BRASILEIRO

 

A margem equatorial brasileira atraiu grande interesse das operadoras na 11ª Rodada de Licitações de áreas de petróleo e gás natural realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013, quando o consórcio formado pela Total (40%), Petrobras (30%) e BP (30%), adquiriu o direito de exploração da área pagando um bônus de assinatura no valor de R$ 345,9 milhões.

Após quase uma década perdida em função da dificuldade de obtenção de licença ambiental para continuar a campanha exploratória, a Total foi obrigada a desistir do projeto em 2020, junto com a BP logo na sequência, em 2021.

Seguindo com boas notícias, no mês passado a ANP aprovou a inclusão de 218 áreas na Margem Equatorial no regime de Oferta Permanente, ampliando o número de áreas disponíveis de 71 para 289.                                

Estas áreas estão localizadas em cinco bacias sedimentares, que se estendem do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

É importante destacar que especialistas na área estimam um potencial de 30 bilhões de barris de petróleo na região – com um volume estimado recuperável de 7,5 bilhões de barris de petróleo – o qual poderá ser ainda maior dependendo dos resultados da campanha exploratória e utilização de novas tecnologias no aumento do fator de recuperação.

Os investimentos da Petrobras na região buscam viabilizar a infraestrutura operacional, socioambiental e de comunicação para dar início a campanha exploratória.

Como consequência imediata, estes investimentos devem movimentar toda a economia da região em diversos setores, desde áreas de apoio marítimo e ambiental até setores como hotelaria e serviços em geral.


A decisão da Petrobras em investir em exploração na Margem Equatorial terá uma transformação muito relevante para toda região norte do país, transformação esta que deverá ser ainda mais significante se a empresa tiver êxito com descobertas de petróleo e gás natural.

O resultado pode transformar a região em um “novo pré-sal brasileiro”, com benefícios incalculáveis para a sociedade, o setor de petróleo e gás natural e para o Brasil.





VIDEO DA BASE DE OPERAÇÃO NO PORTO DA CDP EM ICOARACI DISTRITO DE BELÉM