A margem equatorial brasileira atraiu grande interesse das operadoras na 11ª Rodada de Licitações de áreas de petróleo e gás natural realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013, quando o consórcio formado pela Total (40%), Petrobras (30%) e BP (30%), adquiriu o direito de exploração da área pagando um bônus de assinatura no valor de R$ 345,9 milhões.
Após quase uma década perdida em função da dificuldade de obtenção de licença ambiental para continuar a campanha exploratória, a Total foi obrigada a desistir do projeto em 2020, junto com a BP logo na sequência, em 2021.
Seguindo com boas notícias, no mês passado a ANP aprovou a inclusão de 218 áreas na Margem Equatorial no regime de Oferta Permanente, ampliando o número de áreas disponíveis de 71 para 289.
Estas áreas estão localizadas em cinco bacias sedimentares, que se estendem do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
É importante destacar que especialistas na área estimam um potencial de 30 bilhões de barris de petróleo na região – com um volume estimado recuperável de 7,5 bilhões de barris de petróleo – o qual poderá ser ainda maior dependendo dos resultados da campanha exploratória e utilização de novas tecnologias no aumento do fator de recuperação.
Os investimentos da Petrobras na região buscam viabilizar a infraestrutura operacional, socioambiental e de comunicação para dar início a campanha exploratória.
Como consequência imediata, estes investimentos devem movimentar toda a economia da região em diversos setores, desde áreas de apoio marítimo e ambiental até setores como hotelaria e serviços em geral.
A decisão da Petrobras em investir em exploração na Margem Equatorial terá uma transformação muito relevante para toda região norte do país, transformação esta que deverá ser ainda mais significante se a empresa tiver êxito com descobertas de petróleo e gás natural.
O resultado pode transformar a região em um “novo pré-sal brasileiro”, com benefícios incalculáveis para a sociedade, o setor de petróleo e gás natural e para o Brasil.
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